Economia versus Ecologia
-Os projetos que interagem com a natureza devem respeitar a sua integridade, pois ela é elemento fundamental e essencial para a vida das espécies que habitam a terra e que são em muitos casos os clientes dos produtos desenvolvidos. Aqueles que não têm esta visão não são os empresários suficientemente evoluídos de que necessitamos.
-É preferível fazer constar os mecanismos de proteção ambiental na elaboração dos projetos do que ter de tratar deles quando o empreendimento já estiver em curso.
-Em nome da economia não podemos abrir mão da necessidade e do direito inalienável que temos aos recursos da natureza para a nossa vida saudável e para a nossa sobrevivência, ainda mais quando sabemos que existem meios disponíveis para a proteção ambiental.
-Os nossos rios poderiam estar em sua condição original de limpidez e habitat de espécies fluviais se não fossem depositários de detritos das mais diversas características lançados despudoradamente por certas indústrias e pessoas inescrupulosas.
-O nosso espaço poderia estar em perfeitas condições de oferecer o oxigênio vital em suas melhores qualidades, não fosse a quantidade de matérias nocivas liberadas pelos mais diversos agentes que procedem como agressores e transgressores da natureza.
-É totalmente justificável a revolta das organizações de proteção do meio vivente contra os crimes ambientais que são praticados e a elas devemos o alerta contundente para os atos lesivos aos interesses da humanidade.
-A ambição, aliada à ignorância, leva muitos capitalistas de má formação a colocarem o lucro na frente de tudo, desconsiderando as conseqüências não importando o mal que possam causar.
-Qualquer projeto industrial, comercial, agrícola ou pecuário não poderia ser permitido , onde quer que fosse, desde que prejudicasse o meio ambiente. Para isto, deveríamos contar imprescindivelmente com pessoas preparadas e íntegras para fiscalizar as atividades e com o poder para vetar prontamente as irregularidades.
-Está adiantada a hora da sociedade fazer um balanço geral da situação do meio ambiente a fim de apurar a qualidade de todos os seus componentes e tomar as medidas necessárias para corrigir todas as distorções.
-Há um erro cultural básico na concepção inicial do caráter da natureza em que se pressupõe que ela está totalmente a serviço do homem, portanto, sendo permitido utilizar-se dela como bem se entende. O correto é interagir com a natureza servindo-se de seus recursos sem destruí-la, assim como cuidando de sua preservação, recomposição e cultivo.
-O equilíbrio ambiental está cada vez mais sendo afetado com as graves conseqüências para a existência que se vê afetada pelo aquecimento do clima, extinção de cursos e mananciais de água, terremotos, enchentes, gases nocivos, poeiras, radiações atômicas, lixo, espécies ameaçadas e extintas.
-Se nada tivesse sido alterado na terra pela ação impensada do homem teríamos ainda as mesmas condições que propiciaram o surgimento da vida com todas as suas manifestações e exuberância. Caberia ao ser humano apenas usufruir as benesses e cuidar atenciosamente dos elementos constituintes da natureza para assegurar uma vida de excelente qualidade.
-Ecologia e economia não precisam andar separadas, bastando aplicar uma dose de bom senso e sabedoria para que seja possível usar os recursos naturais de forma preservacionista e sem causar mal para as espécies de vida. Isto dá um pouco mais de trabalho, todavia, é altamente compensador.
-O recurso disponível no seio da sociedade chama-se educação de formação humana que, devidamente desenvolvida, estará fornecendo as bases para que o homem paute as suas ações em parâmetros éticos em relação aos seus semelhantes e à natureza, garantindo os meios adequados para o natural desenvolvimento da vida em todas as suas manifestações.