A Religião e o Ser Religioso
-A religiosidade é própria da natureza humana que precisa buscar fora de si algo que torne a vida mais significativa e completa e com indicativos de pistas para as perguntas que fazemos a respeito de nossa existência.
-Todos praticamos religião quando emprestamos sentido de total comprometimento do nosso ser em todas as nossas ações, esforçando-nos para realizar o que podemos fazer de melhor e mais nobre e em sintonia com os valores universais.
-A tentativa e busca que empreendemos para melhorarmos como pessoa, cada vez mais, é capaz de nos tornar sempre mais próximos da divindade.
-Cada uma das religiões reconhecidas e aceitas entre os diversos segmentos da sociedade deve possuir entre suas práticas e doutrinas elementos que são de importância geral que, por isso mesmo, merecem ser considerados.
-Desde que a pessoa se sinta confortável e creia em determinada religião é mais do que justo e aconselhável que a tome como sua referência e fundamento para expressão de sua espiritualidade.
-O fundamentalismo religioso que determina a adesão total de todo o ser para uma determinada religião, considerando que todos os aspectos da existência sejam direcionados pela doutrina pode levar facilmente ao fanatismo.
-O crente que acredita, inquestionavelmente, nos preceitos de uma religião pode ser alvo de manipulação da parte de pessoas que usam o campo religioso para atingir os seus objetivos pessoais e, também, está sujeito a confundir princípios religiosos com uma regra de vida.
-A religião não deveria pretender governar o estado mas, antes, deveria querer que os governantes fossem pessoas de fé que se inspirassem nos bons princípios propagados pelas instituições religiosas.
-Todas as religiões devem ser respeitadas, desde que contenham elementos que valem para a complementação da realização humana, pois suas orientações são consolo para os momentos de transtornos na vida das pessoas.
-O crente não está impedido de se aprofundar nas questões religiosas no sentido de compreender melhor aquilo que necessita de uma apropriada aceitação de sua parte, tendo o direito de pensar por si próprio com o propósito de exercer uma participação mais consciente.
-A designação de que a religião é o ópio do povo, dada pelo materialismo, não condiz com a realidade, tendo em vista que a adesão religiosa não leva necessariamente a uma alienação do campo político e social.
-O aprofundamento religioso permite o aumento da espiritualidade o que significa uma melhoria na capacidade de ser e perceber, sendo isto um estado pessoal muito favorável à existência humana.
-Não devemos entender a religião como uma tábua de salvação mas como uma condição para a pessoa ter maior estabilidade e inspiração para resolver as suas mais diversas questões.
-As religiões contêm diversos elementos de reconhecido valor para a vida pessoal como é o caso de orações, cânticos, cultos, rituais, leituras, meditações que agem como veículo de ligação direta com o transcendental e, então, propiciando diversos benefícios.